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Visita inquisitória

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Na última segunda-feira, 10 de Novembro, houve a conversa com representantes do Ministério da Educação. Pelo o que ouvi de fontes pouco seguras, iriam selecionar dez alunos para uma entrevista, mas na verdade, foi uma conversa bem mais informal. Na semana anterior, como tenho o costume de ir mais cedo e ficar no Bloco de Eng. Civil para estudar, já que a Biblioteca não é um bom espaço, vi a visita de avaliação deste outro curso. Na mesma semana, a pró-reitora de graduação foi na nossa turma e teve uma conversa conosco.  Esses momentos, pra mim, são sempre bastante tensos. Meu coração fica batendo forte e fico nervoso. O contexto, de modo geral, me incomoda bastante. Incomoda-me muito a fala: “Eu peço que entendam que não é momento de lavar a roupa suja. Respondam o que for perguntando. Eles vão achar os defeitos, cabe a nós reforçar nossas qualidades”. No entanto, foi uma oportunidade para enxergar um canal, ainda que momentâneo, de comunicação com parte da g

Uma dança de noite

O romance Noite fria. Céu claro. Lua linda. Boa de romance. Receptivo aos olhares. Iluminando corações. O sábado era o segundo dia em que se viam, mas já tinham se permitido algumas intimidades, como a de dançar abraçados. Mesmo sem música, escolheram uma dessas ruas perdidas, cobertas de tijolos, no centro da cidade. Cheiro bom. Toque intenso. A quebra - Ai que susto! - Que foi? Parece até que tá vendo dois homens se abraçando. - Ah? Nam - riu depois do susto. A desconsertada em molambos procurou palavras e disse: - Vocês também se assustaram. Até parece que nunca viram uma sapatão andando na rua. A análise - Como será que ela veio parar aqui? - Não sei, mas pela idade dela, não duvido que tenha sido expulsa de casa pelos pais ou mesmo optado por fugir. - Isso ainda acontece. Não acredito que seja exclusividade das pessoas velhas. - Sim, ela deve ter se perdido. Parece que é sempre assim: saem de casa sem rumo e então, não se encontram