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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

ArqueoAcre

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Ontem assisti a uma palestra sobre arqueologia na Biblioteca da Floresta. Apesar dos atrasos, tratou-se de uma abordagem bem coerente com o espaço: sucinta, elucidativa e relacionada com o contexto amazônico. ArqueoAcre é o título presente na página do evento no Facebook e sintetiza o projeto de pesquisa e formação em sítios arqueológicos da região, apoiado pelo Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional (IPHAN), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Acre (UFAC). Numa análise particular, tendo em vista o art. 207 da Constituição Federal, o qual impõe o princípio de indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão às universidades, o projeto tem obtido muito sucesso. Além de buscar formar arqueólogos acreanos, está construindo conhecimento regional e o melhor: a equipe se preocupou com a extensão e tem levado grande parte das discussões à comunidade.  Fotografias da visita da comunidade ao sítio arqueológico Sol de Campi

Noites passadas

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Minha companhia dormia ao lado da minha cama, num colchão velho, desses que, temos em casa, guardado para as visitas inesperadas e normalmente queridas. Já naquela época, mesmo diante de resmungos encontrava maneiras de ter por perto quem eu queria. Sabia que não conseguiria dormir vendo cada movimento estático de sono durante a noite, mas ainda valia à pena. E por acreditar valer à pena, me levantei em cima da cama, pus meus pés na beirada, como que num trampolim, me preparei e mergulhei por inteiro naquele corpo. Um mergulho mortal e de cabeça. Alaguei-me de ti. Envolvido pela viscosidade confesso que em alguns momentos fiquei sufocado e quase morri afogado, mas em outros ia à parte mais funda e como se voltasse aos meus tempos intrauterinos ficava de olhos fechados simplesmente me sentindo envolvido pelos sons e formas. Não buscava ar. Esquecia-me que a ligação, de fato, não existia e que, portanto não seria nutrido e se ali permaneces

Planejamento

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Segundo meu prof. de Economia Política , planejar é pensar escrevendo. Como tenho muita vontade de levar minhas ideias para o rumo da concretização, vou planejar publicamente para me levar a desenvolvê-las e contribuir em ação para o mundo. Eu percebo a necessidade de produzir conteúdo na nossa região. Na verdade, é um dos grandes motivos que me lava a escrever: tentar guardar o sabor do meu viver, enquanto sujeito, também de forma pública. Se não fosse assim, poderia continuar com um diário manuscrito. Apesar de não me ver como ativista, ainda que tenham em alguns momentos me apontado dessa forma, gosto de acreditar na perspectiva de mudança através de ações. E a este passo, percebo verdade quando dizem que todo ativista, mais cedo ou mais tarde, deve dar-se conta que não pode abraçar todas as causas . Em inglês, popularmente se diz também you can do anything, but you can not do everything . Já tenho planejado algumas atividades para o ano de 2015, algumas coisas que nem

Universidade liberal

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É provável que haja termo melhor na Língua Portuguesa para definir este objeto ao qual me pretendo voltar, mas não o conhecendo usarei a alcunha que serve de título e que em parte surge do que é conhecido como ‘Liberal Arts Faculty’.  Me vejo em algumas circunstâncias sendo intimado a me definir. Evidentemente eu adoraria saber de certo quem sou, se eu soubesse provavelmente estaria fazendo algo bem mais interessante do que estar na Universidade, embora não consiga imaginar tal coisa. Ao tentar me ligar às várias áreas simultaneamente encontro barreiras de tempo e espaço. Se eu viver até os 70 anos com saúde, tendo em vista o crescimento exponencial das obras que preciso ler, ainda assim, vou morrer sem ler tudo o que me interessa. Quanto ao espaço, infelizmente não posso estar presente nos eventos que quero, já que não vivo numa grande metrópole ou um centro científico-tecnológico. Ademais, há um terceiro problema: as pessoas, o que elas pensam e o que falam. Eu