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Coesão

Alguém que tenha conversado minimamente comigo deve ter ouvido minhas queixas sobre não conseguir escrever minha monografia. Talvez o verbo seja terminar ou apresentar, mas o fato é que ainda não encerrei esse capítulo da minha vida. Entre as minhas muitas explicações e desculpas, o fato de existir uma quantidade de páginas me incomoda bastante. Eu comecei a me questionar se a dificuldade em escrever 50 páginas para alguém da minha área é algo comum e só consigo achar que não. Então, fico dividindo entre duas hipóteses: 1. Eu realmente nunca escrevi muito; 2. O exercício dos 140/280 caracteres do Twitter surtiu efeito; A primeira hipótese me parece bastante crível. Eu achava que tinha dificuldade em ser direto porque meus espaços para fala se limitavam a eventuais textos discursivos argumentativos de apenas uma página para processos seletivos e nunca tive, como agora, o desafio de escrever um volume tão expressivo de palavras. Quanto à segunda possibilidade, eu posso ter me condici

Correntes

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Há algum tempo quero fazer o registro de uma história. Já se passou tanto tempo desde este evento e tantas coisas se somaram a ele que é difícil descrevê-lo de maneira simples. Repensei o que aconteceu em diversas perspectivas e sendo este um evento violento, me pergunto sempre quais fatores o acarretaram os murros que levei e o celular que perdi. Um amigo até fez desenho, enquanto ria de tudo. Acho que posso começar discutindo a questão da imagem, que me preocupa bastante. Agora são 19:47 e alguns minutos atrás eu fui no mercado comprar pão, na volta, já quase na frente de casa, olhei pra trás e um homem me perguntou: - Ei playboy, tem um cigarro ai? - Ah não, tenho não. - Nem R$2? - Ha, - um riso meu sem graça - também não. - Pow, quando eu tô usando os cara nunca tem dinheiro. Agora eu tô sofrendo aqui, toda hora só piscando – enquanto apontava para as pálpebras. Não sou muito vaidoso, mas me pergunto frequentemente quais signos, presentes na forma de