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Mostrando postagens com o rótulo Cultura

Saco de pão

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Houve um tempo em que próximo ao Mercado Velho havia um sebo ao ar livre. Quando eu saia com os meus amigos à noite para ver o Rio Acre, acabávamos passando por lá e nos interessávamos inevitavelmente por vários títulos. Comprei muita coisa boa lá. Na compra, ganhávamos pacotes de pão para colocar os livros e neles normalmente vinha colado algo da literatura acreana. Como infelizmente são livros raros, com pequenas tiragens, eu nunca consegui vê-los.  Esse é um dos casos. Não lembro quais livros comprei, mas toda vez que leio esse diálogo riu um pouco. Portanto, deixo aqui uma daquelas crônicas do José Chalub Leite, chamada O bebê da Zezé do livro Tão Acre: o humor acreano de todos os tempos.

Reutilizando: panfletos antigos por origami

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Gosto de diálogos entre arte e ciência e é um dos motivos pelo qual curto a pagina Scientific Illustration for the Research Scientist . Eles produzem e selecionam um conteúdo bacana e se diferenciam de grande parte das páginas presentes no Facebook com piadas repetidas e boatos infundados. Hoje de manhã, uma das atualizações deles me levou a assistir um vídeo do canal  Innova Crafts do YouTube. Tratava-se de um "como fazer" borboletas de papel com dobraduras, ou melhor: origami.  Como a própria descrição do vídeo diz, tudo é bem fácil. Com um pouco de atenção você consegue fazer várias em pouco tempo. As borboleta, se feitas com um papel vívido, ficam muito bonitas. Quem estiver querendo dar um presente criativo para o amigo ou namorado, pode experimentar as borboletas, como também as rosas e outras dobraduras. Particularmente, eu prefiro esses presentes em que a pessoa gasta mais que dinheiro: ela se dedica a construir algo com as próprias mãos para presen

ArqueoAcre

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Ontem assisti a uma palestra sobre arqueologia na Biblioteca da Floresta. Apesar dos atrasos, tratou-se de uma abordagem bem coerente com o espaço: sucinta, elucidativa e relacionada com o contexto amazônico. ArqueoAcre é o título presente na página do evento no Facebook e sintetiza o projeto de pesquisa e formação em sítios arqueológicos da região, apoiado pelo Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional (IPHAN), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Acre (UFAC). Numa análise particular, tendo em vista o art. 207 da Constituição Federal, o qual impõe o princípio de indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão às universidades, o projeto tem obtido muito sucesso. Além de buscar formar arqueólogos acreanos, está construindo conhecimento regional e o melhor: a equipe se preocupou com a extensão e tem levado grande parte das discussões à comunidade.  Fotografias da visita da comunidade ao sítio arqueológico Sol de Campi

Noites passadas

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Minha companhia dormia ao lado da minha cama, num colchão velho, desses que, temos em casa, guardado para as visitas inesperadas e normalmente queridas. Já naquela época, mesmo diante de resmungos encontrava maneiras de ter por perto quem eu queria. Sabia que não conseguiria dormir vendo cada movimento estático de sono durante a noite, mas ainda valia à pena. E por acreditar valer à pena, me levantei em cima da cama, pus meus pés na beirada, como que num trampolim, me preparei e mergulhei por inteiro naquele corpo. Um mergulho mortal e de cabeça. Alaguei-me de ti. Envolvido pela viscosidade confesso que em alguns momentos fiquei sufocado e quase morri afogado, mas em outros ia à parte mais funda e como se voltasse aos meus tempos intrauterinos ficava de olhos fechados simplesmente me sentindo envolvido pelos sons e formas. Não buscava ar. Esquecia-me que a ligação, de fato, não existia e que, portanto não seria nutrido e se ali permaneces

Semente #1

No instante atual, continuo sem perceber o Direito como ciência, apesar da insistência dos meus professores em afirmar tal coisa. Me lembrei hoje de A brave new world , um filme baseado num livro homônimo. Como tenho pensado diariamente sobre as chamadas Ciências Sociais Aplicadas – Arquitetura, Jornalismo, Administração, Economia, Paisagismo, Direito, etc. – e sobre maneiras de realmente percebê-las enquanto ciências, hoje me lembrei da figura dos Engenheiros Sociais no filme. Além disso, me lembrei de um dos objetivos da Constituição: imprimir conformação à sociedade. Os Engenheiros Sociais no filme, apesar de não julgar, são responsáveis por reproduzir a forma da sociedade em que vivem. E honestamente, uma das visões que tenho sobre o Direito é a de ser raramente transformador.

Uma dança de noite

O romance Noite fria. Céu claro. Lua linda. Boa de romance. Receptivo aos olhares. Iluminando corações. O sábado era o segundo dia em que se viam, mas já tinham se permitido algumas intimidades, como a de dançar abraçados. Mesmo sem música, escolheram uma dessas ruas perdidas, cobertas de tijolos, no centro da cidade. Cheiro bom. Toque intenso. A quebra - Ai que susto! - Que foi? Parece até que tá vendo dois homens se abraçando. - Ah? Nam - riu depois do susto. A desconsertada em molambos procurou palavras e disse: - Vocês também se assustaram. Até parece que nunca viram uma sapatão andando na rua. A análise - Como será que ela veio parar aqui? - Não sei, mas pela idade dela, não duvido que tenha sido expulsa de casa pelos pais ou mesmo optado por fugir. - Isso ainda acontece. Não acredito que seja exclusividade das pessoas velhas. - Sim, ela deve ter se perdido. Parece que é sempre assim: saem de casa sem rumo e então, não se encontram

Pena de morte, pena eterna

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Alguns justificam que a pena de morte é medida recíproca a certos criminosos, mas será que tal medida é realmente eficaz em promover a justiça? No Brasil a pena de morte, por fuzilamento, aplica-se apenas a desertores e traidores em guerra. Entretanto em outros países, como os EUA, a pena de morte é aplicada pela lei em alguns estados. Certas pessoas acreditam que esse fator está ligado ao tamanho desenvolvimento econômico, se esquecem que países africanos listados muitas vezes como os mais pobres aplicam a pena de morte e nem por isso tem sucesso econômico ou baixos índices de violência. Em alguns países africanos a pena de morte é aplicada em homossexuais, na China a pena de morte é aplicada sobre políticos corruptos, isso nós traz ao questionamento inicial: a pena de morte é eficaz? Pelo o que parece não, se a pena de morte fosse eficiente os crimes estariam erradicados em tais países. A pena de morte nos remete a um principio humano básico: o de quem tem o direito de

Direito de ser

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O casamento é uma união entre 2 pessoas sãs que decidem compartilhar a vida e na loucura da paixão tentam construir o amor e uma família. Vivemos numa democracia onde todos têm direitos iguais, pelo o menos assim é que deveria ser, mas por estupidez a própria sociedade deixa esse direito de lado, essas mentes velhas e retrógradas são de pessoas alienadas por sua religião, não gosto se quer de usar o termo “casamento gay”, afinal é só um casamento, é uma união entre duas pessoas que pretendem ser felizes. Em outros tempos e culturas os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo já eram descritos, por algumas culturas era encarado como algo normal, infelizmente por outras como no caso de nossa cultura em geral o homossexualismo é tachado como uma doença. Mas por que seria uma doença? Não impende qualquer pessoa de ser feliz e saudável. Embasar-me-ei na ciência, e não na religião, pois existem milhões destas pelo mundo cada uma dizendo uma coisa diferente, com deuses