Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Neuroses Filosóficas

Por que educação jurídica?

Imagem
Embora haja isoladas ações dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para informar os cidadãos brasileiros acerca da extensa legislação do país, ninguém pode alegar o desconhecimento da lei como forma de defesa. O desconhecimento da lei nos deixa igualmente vulneráveis aos abusos e omissões do próprio Estado, que a rigor deveria promover o amplo desenvolvimento humano. Como se não bastasse a ausência de programas educacionais, o mercado, sendo imperfeito como é, contribui pouco para o desenvolvimento da sociedade. O alto valor das mensalidade em instituições particulares para um curso como bacharelado em Direito, que não exige laboratórios com itens importados, é, via de regra, apenas mais uma oportunidade de lucro. Na nossa sociedade, aquele que, sozinho, tentar ler os códigos penal e civil enfrentará muitos problemas. A lei, por si, não é compreensível. Há a necessidade de comprar vários livros, chamados, no meio jurídico, de doutrinários, por mera consequência dessa

Matando carapanãs

Imagem
A quantidade diária de carapanãs que tenho matado está me assustando. Se não pudessem transmitir doenças eu ficaria mais tranquilo, mas, sempre que vejo, as carapanãs têm aquelas listras brancas no corpo. Essas listras brancas são as que caracterizam o Aedes aegypt . Na TV colocam essa característica como a marcante. Por algum motivo, as carapanãs comuns têm se tornado raras. Não vejo elas com tanta frequência como antes. Digo isso porque sempre que estapeio um mosquito, dou uma olhada nos restos da coisa morta. Talvez o gênero Aedes esteja interferindo de alguma maneira na vida das outras espécies. Sei que nem todos tem aquela raquete mata mosquitos com choque. Eu mesmo não tenho e fico parecendo uma barata tonta correndo atrás dos mosquitos no meu quarto e apesar de estar usando óleo de citronela, ainda encontro muitas rodando minhas pernas. Elas infelizmente parecem estar em todos os lugares. Quando vou arrumar meu quarto sempre encontro algumas rondando.

Eu, pirata

Imagem
Na segunda-feira acordei cheio de planos. Precisava renovar meu cartão de passe do ônibus e finalizar um artigo até o dia 23, mas assim que me levantei uma conceira no meu olho esquerdo começou. Meu dia inteiro foi gasto tentando aliviar a angústia de ter algo dentro do olho. Cocei, cocei e cocei. Fui no banheiro olhar no espelho. Lavei o olho. Procurei no Google o que fazer. Encontrei o tal cálice para os olhos e meu olho passou um bom tempo tomando banho. Nada resolveu. Isso dói. Dói! Pedi para mãe olhar. Quando peço algo pra ele é porque a situação tá feia. Aparentemente não tinha nada do meu olho. Precisava ir consultar um médico. Meu pai me levou à Pronto Clínica e eles só têm clínicos gerais, a única coisa que fariam seria uma lavagem. Fui no atendimento do plano de saúde e lá tentaram resolver ligando para os oftalmologistas da rede. Marcaram uma consulta para o final da tarde. Finalmente na clínica, quando abri a porta 203, logo notei a médica sentada no lado d

Noites passadas

Imagem
Minha companhia dormia ao lado da minha cama, num colchão velho, desses que, temos em casa, guardado para as visitas inesperadas e normalmente queridas. Já naquela época, mesmo diante de resmungos encontrava maneiras de ter por perto quem eu queria. Sabia que não conseguiria dormir vendo cada movimento estático de sono durante a noite, mas ainda valia à pena. E por acreditar valer à pena, me levantei em cima da cama, pus meus pés na beirada, como que num trampolim, me preparei e mergulhei por inteiro naquele corpo. Um mergulho mortal e de cabeça. Alaguei-me de ti. Envolvido pela viscosidade confesso que em alguns momentos fiquei sufocado e quase morri afogado, mas em outros ia à parte mais funda e como se voltasse aos meus tempos intrauterinos ficava de olhos fechados simplesmente me sentindo envolvido pelos sons e formas. Não buscava ar. Esquecia-me que a ligação, de fato, não existia e que, portanto não seria nutrido e se ali permaneces

Planejamento

Imagem
Segundo meu prof. de Economia Política , planejar é pensar escrevendo. Como tenho muita vontade de levar minhas ideias para o rumo da concretização, vou planejar publicamente para me levar a desenvolvê-las e contribuir em ação para o mundo. Eu percebo a necessidade de produzir conteúdo na nossa região. Na verdade, é um dos grandes motivos que me lava a escrever: tentar guardar o sabor do meu viver, enquanto sujeito, também de forma pública. Se não fosse assim, poderia continuar com um diário manuscrito. Apesar de não me ver como ativista, ainda que tenham em alguns momentos me apontado dessa forma, gosto de acreditar na perspectiva de mudança através de ações. E a este passo, percebo verdade quando dizem que todo ativista, mais cedo ou mais tarde, deve dar-se conta que não pode abraçar todas as causas . Em inglês, popularmente se diz também you can do anything, but you can not do everything . Já tenho planejado algumas atividades para o ano de 2015, algumas coisas que nem

Universidade liberal

Imagem
É provável que haja termo melhor na Língua Portuguesa para definir este objeto ao qual me pretendo voltar, mas não o conhecendo usarei a alcunha que serve de título e que em parte surge do que é conhecido como ‘Liberal Arts Faculty’.  Me vejo em algumas circunstâncias sendo intimado a me definir. Evidentemente eu adoraria saber de certo quem sou, se eu soubesse provavelmente estaria fazendo algo bem mais interessante do que estar na Universidade, embora não consiga imaginar tal coisa. Ao tentar me ligar às várias áreas simultaneamente encontro barreiras de tempo e espaço. Se eu viver até os 70 anos com saúde, tendo em vista o crescimento exponencial das obras que preciso ler, ainda assim, vou morrer sem ler tudo o que me interessa. Quanto ao espaço, infelizmente não posso estar presente nos eventos que quero, já que não vivo numa grande metrópole ou um centro científico-tecnológico. Ademais, há um terceiro problema: as pessoas, o que elas pensam e o que falam. Eu

Eu vivo em casa. Eu, vivo, em casa.

Imagem
11:22h. Eu. Vivo. Hoje tenho prova de Direito Penal, nem a minha disciplina favorita, mas preciso estudar. Acordei de manhã umas 8h e há alguns minutos cansei de ficar no meu quarto, peguei meu bloquinho com conceitos escritos e fui andar no Parque da Maternidade para tomar ar. Perguntei pra minha mãe se queria que comprasse alguma coisa no mercado para fazer a salada do almoço. Ela disse que talvez tomates. Depois de ver os tomates mais feios, resolvi ir andar logo. Tomei o caminho do Parque da Maternidade e resolvi visitar o Cacimbão, ficar na sombra do bambu e escutar barulho de água caindo. Sentado no Cacimbão, lendo os componentes do crime, segundo a teoria bipartida e a tripartida, percebo alguém descendo a rampa e olhando fixamente pra mim. Se aproximou com a mão no colo abaixando a camisa como se escondesse algo: - Tu mora aonde, meu chegado? - Eu? - É. Tu mora aonde? - Eu moro aqui. - Aqui onde? - Aqui. - Aqui onde? - Aqui no Aviário? - Tu é irmão do Mar

Camisa ao avesso

Pretendo sair de casa com uma camisa ao avesso. Por quê? Estou cansando de escolher roupas. Gosto de estar bem vestido, mas isso demanda tempo. Demanda tempo me expressar numa roupa. Me perceber no dia e transmitir algo aos outros me causa atrasos. O fato de usar uma roupa ao avesso já é uma tradução minha. O avesso da roupa deixa as costuras serem vistas, deixa o feio ser percebido. Via de regra, sou autêntico, independentemente do contexto. Mas estou sentindo peso demais por esses dias. Essa camisa que ganhei quando tinhas uns 16 anos não me cai mais tão bem. A maior parte das camisas transmitem um eu extremamente menino, mas não me vejo bem assim. O pior é que não me vejo como adulto e nem quero ser adulto. O arquétipo de adulto é triste. Quero me levar a sério diante dos problemas, mas saber rir como jovem que não desiste de mudar. Essa questão de imagem é extensa. Meu cabelo, a forma do meu corpo, minhas roupas. O que esperam de mim é o que eu abomino, não quero me format

Semente #1

No instante atual, continuo sem perceber o Direito como ciência, apesar da insistência dos meus professores em afirmar tal coisa. Me lembrei hoje de A brave new world , um filme baseado num livro homônimo. Como tenho pensado diariamente sobre as chamadas Ciências Sociais Aplicadas – Arquitetura, Jornalismo, Administração, Economia, Paisagismo, Direito, etc. – e sobre maneiras de realmente percebê-las enquanto ciências, hoje me lembrei da figura dos Engenheiros Sociais no filme. Além disso, me lembrei de um dos objetivos da Constituição: imprimir conformação à sociedade. Os Engenheiros Sociais no filme, apesar de não julgar, são responsáveis por reproduzir a forma da sociedade em que vivem. E honestamente, uma das visões que tenho sobre o Direito é a de ser raramente transformador.

Visita inquisitória

Imagem
Na última segunda-feira, 10 de Novembro, houve a conversa com representantes do Ministério da Educação. Pelo o que ouvi de fontes pouco seguras, iriam selecionar dez alunos para uma entrevista, mas na verdade, foi uma conversa bem mais informal. Na semana anterior, como tenho o costume de ir mais cedo e ficar no Bloco de Eng. Civil para estudar, já que a Biblioteca não é um bom espaço, vi a visita de avaliação deste outro curso. Na mesma semana, a pró-reitora de graduação foi na nossa turma e teve uma conversa conosco.  Esses momentos, pra mim, são sempre bastante tensos. Meu coração fica batendo forte e fico nervoso. O contexto, de modo geral, me incomoda bastante. Incomoda-me muito a fala: “Eu peço que entendam que não é momento de lavar a roupa suja. Respondam o que for perguntando. Eles vão achar os defeitos, cabe a nós reforçar nossas qualidades”. No entanto, foi uma oportunidade para enxergar um canal, ainda que momentâneo, de comunicação com parte da g

Uma posição docente dogmática

No estudo do Direito, de maneira geral, algumas palavras comuns me incomodam bastante: doutrina, doutrinador, dogma, doutor e etc. Estas palavras têm raízes bastante interessantes. Por exemplo, doutrina provém do latim doctrina , que deriva do verbo docere (ensinar). O mesmo verbo deu origem ao que chamamos de doutrinador e provavelmente a outra palavra bastante diferente em sentido: docente. Enquanto docente me soa como um sinônimo para professor - aquele que se dedica ao processo de ensino-aprendizagem e se põe como intermediador, estando igualmente sujeito ao processo -, doutrinador me soa de outra maneira. Quase religiosa, para ser honesto. Por mais que as palavras tenham raiz comum, é notório que o significado é construído e não se liga unicamente à fonte, mas também ao contexto em que se insere. Dogma, dogmática, doutrina e doutrinador não condizem com uma postura acadêmica de investigação e construção do conhecimento, mas sim com transmissão de opiniões que se impõem

Meu primeiro simpósio

Imagem
Quase meio-dia. Acabei de realizar minha comunicação oral na sessão de comunicação livre com eixo temático Ensino, Práticas de Educação e Experiências de Sala de Aula. Além da fome, ainda resta aquele remexido no estômago que habitualmente precede as exposições em público. Foi uma experiência do tipo e quero repetir. Todas as comunicações que assisti hoje foram bastante interessantes e dão um panorama do que podemos alcançar se os pesquisadores realmente se utilizarem do conhecimento teórico que constroem, além de reproduzirem experiências similares às apresentadas. Houve duas apresentações de alunos da UNIR, Universidade Federal de Rondônia, bastante interessantes tratando de experiências em sala de aula. A primeira, intitulada “Episódios da Língua Inglesa na vida escolar” tratou sobre como lidamos com os erros e de que forma isso pode ser negativo ou positivo para o processo de ensino-aprendizagem. Já a segunda, “O graduando como professor em sala de aula: experiências e result

Zona de conflito

Constantemente me vejo, talvez excessivamente, questionando o meu curso de graduação. Quase diariamente nas idas e vindas de ônibus penso sozinho ou converso prazerosamente com um amigo sobre nossas questões enquanto bacharelandos em Direito. É algo que muito preocupa, afinal estamos falando da formação de alguns que serão responsáveis talvez pela administração de instituições públicas, extremamente importantes, ligadas à justiça intermediada pelo direito. Felizmente não encontrei nenhum professor assim, mas ainda é comum ouvir que só aprenderemos algo com a prática. Ao que responderia com a indagação de Marcell Cunha Leitão: "[por que] deste ensino superior ministrado em instituições formais se ao final sua formação será idêntica à de rábulas"? Ao meu ver, afirmar algo assim, como já ouvi de meus colegas, demonstra ignorância da relação prática-teoria, além de desconhecimento da finalidade das universidades. Em Rio Branco existem instituições particulares que se intitula

Enquanto eleitor, qual ética buscamos?

Imagem
É a primeira vez que vou votar em um candidato a presidente da República. Na última vez ainda tinha menos de 16 anos, desde então já me interessava pelos fenômenos que tendem a ocorrer em dias públicos. Comumente acontece de eu não dormir. Hoje, ou ontem, como preferir, não dormi. Agora, enquanto é escrevo, estamos no dia 05 de Outubro, o dia mais especial das nossas vidas, segundo algumas propagandas. Uma das minhas preocupações, enquanto eleitor, cidadão e jovem, é com o meio ambiente. Pelo o que vi ainda agora, grande parte dos candidatos pouco se importa com isso. Sai na rua de pijama, look bem casual. #soudessas Pois enquanto estava na cama no ouvi barulhos de urnas eletrônicas.  Fiquei curioso é levei meu celular para flagrar qualquer irregularidade possível. Fui armado com ele porque, como eleitor brasileiro, sei com o que estou lidando. Na última eleição, dois anos atrás - para prefeito e vereador - acordei tarde, mas fiquei horrorizado com a quantidade

Educação ambiental

Imagem
Por que conservar o Meio Ambiente? Muitos de nós acreditamos que as cidades e as florestas não estão ligadas, é um engano. Todos os dois meios são importantes para nós, na cidade nós vivemos em certa segurança, distantes do frio, e de outros animais que possam ameaçar nossas vidas, as florestas nós cercam, o Acre está coberto de floresta nativa, e esta tem grande importância para nossas vidas, as florestas garantem o equilíbrio nos ciclos naturais, como o ciclo da água. Sem as florestas nós provavelmente morreríamos, já sentimos as conseqüências do desmatamento desenfreado cometido por nosso país, avós, e bisa-avós. Há 50 anos pouco se falava em aquecimento global, buracos na camada de ozônio, os mesmo a importância da vida de outros animais para nós, a fauna e flora não devem ser mantidas simplesmente por sua beleza, vai, além disso, somos dependentes de tudo isso, o que muitos de nós ainda não enxergamos. Apesar de as questões sobre a destruição da natureza serem muito tocadas

Reutilizando

Imagem
Estamos próximos do Natal, e como o ano passou rápido. O Natal se aproxima e as empresas começam a vender seus produtos. Um produto muito presente é o Panettone, um pão de massa levíssima de origem italiana e com frutas secas em sua deliciosa composição. Acontece que até hoje só vi Panettone embalado em caixas de papel ou ainda de alumínio, depois que comemos o Panettone algumas pessoas ainda guardam as embalagens de alumínio, mas as de papelão tem um destino bem óbvio: o lixo! E pensando bem, o ocidente tem milhões de pessoas de cada família comesse um Panettone, haveria muito papelão, e há muito papelão, durante o Natal há uma imensa quantidade de gastos e de lixo. A caixa do Panettone pode ter um destino bom, depois de ter comido o meu Panettone ainda em novembro, guardei a caixa, achei a textura do papelão bonita, não a parte externa com informações sobre o produto, até por que embalagens de coisas de Natal são muito bregas, achei bonito o papelão. Como estou desenvolvendo meu Mi

Rotina pesada

Nossa, ultimamente to me achando muito cansado, quase acaba. Aula de manhã e de tarde, e tenho que ter tempo pros amigos e ainda tempo pra mim. Quando chego em casa, estou destruído. Esses últimos dias tão sendo barra pesada, mas sinceramente, se eu conseguir passar no vestibular pra mim vale a pena cada tarde que eu não dormir, e cada festa que eu deixo de sair pra me divertir. Acho que quem quer uma vida boa em 10 ou 15 anos tende á me entender, fico pensando que ainda estou no inicio de tudo isso, e já estou achando tudo difícil, como será daqui alguns anos então, vou só chegar em casa e me jogar no sofá e dormir pra no outro dia me acordar e estudar. Apesar de tudo isso eu não troco a minha escola, sou apegado ao lugar, >,< , estudo lá há tanto tempo, e conheço tantas pessoas, acho que entre todas as escolas a minha é a que pode melhor me preparar para o vestibular, quer dizer o ENEM, essa prova é tão difícil pelo o que eu sei, e ainda mais seletiva do que o vestibular, o go