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Mostrando postagens de novembro, 2014

Visita inquisitória

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Na última segunda-feira, 10 de Novembro, houve a conversa com representantes do Ministério da Educação. Pelo o que ouvi de fontes pouco seguras, iriam selecionar dez alunos para uma entrevista, mas na verdade, foi uma conversa bem mais informal. Na semana anterior, como tenho o costume de ir mais cedo e ficar no Bloco de Eng. Civil para estudar, já que a Biblioteca não é um bom espaço, vi a visita de avaliação deste outro curso. Na mesma semana, a pró-reitora de graduação foi na nossa turma e teve uma conversa conosco.  Esses momentos, pra mim, são sempre bastante tensos. Meu coração fica batendo forte e fico nervoso. O contexto, de modo geral, me incomoda bastante. Incomoda-me muito a fala: “Eu peço que entendam que não é momento de lavar a roupa suja. Respondam o que for perguntando. Eles vão achar os defeitos, cabe a nós reforçar nossas qualidades”. No entanto, foi uma oportunidade para enxergar um canal, ainda que momentâneo, de comunicação com parte da g

Uma dança de noite

O romance Noite fria. Céu claro. Lua linda. Boa de romance. Receptivo aos olhares. Iluminando corações. O sábado era o segundo dia em que se viam, mas já tinham se permitido algumas intimidades, como a de dançar abraçados. Mesmo sem música, escolheram uma dessas ruas perdidas, cobertas de tijolos, no centro da cidade. Cheiro bom. Toque intenso. A quebra - Ai que susto! - Que foi? Parece até que tá vendo dois homens se abraçando. - Ah? Nam - riu depois do susto. A desconsertada em molambos procurou palavras e disse: - Vocês também se assustaram. Até parece que nunca viram uma sapatão andando na rua. A análise - Como será que ela veio parar aqui? - Não sei, mas pela idade dela, não duvido que tenha sido expulsa de casa pelos pais ou mesmo optado por fugir. - Isso ainda acontece. Não acredito que seja exclusividade das pessoas velhas. - Sim, ela deve ter se perdido. Parece que é sempre assim: saem de casa sem rumo e então, não se encontram

Uma posição docente dogmática

No estudo do Direito, de maneira geral, algumas palavras comuns me incomodam bastante: doutrina, doutrinador, dogma, doutor e etc. Estas palavras têm raízes bastante interessantes. Por exemplo, doutrina provém do latim doctrina , que deriva do verbo docere (ensinar). O mesmo verbo deu origem ao que chamamos de doutrinador e provavelmente a outra palavra bastante diferente em sentido: docente. Enquanto docente me soa como um sinônimo para professor - aquele que se dedica ao processo de ensino-aprendizagem e se põe como intermediador, estando igualmente sujeito ao processo -, doutrinador me soa de outra maneira. Quase religiosa, para ser honesto. Por mais que as palavras tenham raiz comum, é notório que o significado é construído e não se liga unicamente à fonte, mas também ao contexto em que se insere. Dogma, dogmática, doutrina e doutrinador não condizem com uma postura acadêmica de investigação e construção do conhecimento, mas sim com transmissão de opiniões que se impõem

Meu primeiro simpósio

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Quase meio-dia. Acabei de realizar minha comunicação oral na sessão de comunicação livre com eixo temático Ensino, Práticas de Educação e Experiências de Sala de Aula. Além da fome, ainda resta aquele remexido no estômago que habitualmente precede as exposições em público. Foi uma experiência do tipo e quero repetir. Todas as comunicações que assisti hoje foram bastante interessantes e dão um panorama do que podemos alcançar se os pesquisadores realmente se utilizarem do conhecimento teórico que constroem, além de reproduzirem experiências similares às apresentadas. Houve duas apresentações de alunos da UNIR, Universidade Federal de Rondônia, bastante interessantes tratando de experiências em sala de aula. A primeira, intitulada “Episódios da Língua Inglesa na vida escolar” tratou sobre como lidamos com os erros e de que forma isso pode ser negativo ou positivo para o processo de ensino-aprendizagem. Já a segunda, “O graduando como professor em sala de aula: experiências e result