Universidade liberal
É provável que haja termo melhor na Língua Portuguesa para
definir este objeto ao qual me pretendo voltar, mas não o conhecendo usarei a
alcunha que serve de título e que em parte surge do que é conhecido como
‘Liberal Arts Faculty’.
Me vejo em algumas circunstâncias sendo intimado a me
definir. Evidentemente eu adoraria saber de certo quem sou, se eu soubesse
provavelmente estaria fazendo algo bem mais interessante do que estar na
Universidade, embora não consiga imaginar tal coisa.
Ao tentar me ligar às várias áreas simultaneamente encontro
barreiras de tempo e espaço. Se eu viver até os 70 anos com saúde, tendo em
vista o crescimento exponencial das obras que preciso ler, ainda assim, vou
morrer sem ler tudo o que me interessa. Quanto ao espaço, infelizmente não
posso estar presente nos eventos que quero, já que não vivo numa grande
metrópole ou um centro científico-tecnológico. Ademais, há um terceiro
problema: as pessoas, o que elas pensam e o que falam.
Eu acredito que existe o potencial de alguém desenvolver
múltiplas atividades. Mas a Universidade que conheço não está preparada para
tanto. Se um aluno solicita matrícula pelo sistema numa disciplina, ela é
negada. Há a necessidade de uma solicitação na coordenação que aparentemente
ainda precisa ser avaliada pelo colegiado. Havendo disciplinas sendo
ministradas para 10 alunos, nada custaria à Universidade permitir que
interessados participassem destas aulas e recebessem os devidos créditos em
seus diplomas.
Em parte, quando um aluno menos privilegiado, em razão de seu
curso, solicita matrícula em Medicina, Direito ou Eng. Civil os administradores
do sistema criarão barreiras para tanto. Sob a sombra da dúvida, se levantarão
aos fins do solicitante.
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